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Projeto leva moradores da Praça Seca ao Jardim Botânico

Durante o passeio pelo Jardim Botânico, os visitantes puderam reviver algumas cenas de novelas que foram gravadas ali.

Um grupo de moradores da comunidade São José Operário, na Praça Seca, na Zona Oeste da cidade, fez uma viagem diferente nesta quarta-feira (17/4). Além de ter contato com a natureza, o grupo teve a oportunidade de fazer uma viagem no tempo até o Brasil Colônia durante uma visita ao Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. O programa foi organizado pelo projeto Turistando com a Comunidade, da Secretaria Municipal de Ação Comunitária.

 – O Turistando democratiza o acesso à história, arte e cultura da nossa cidade, além de promover novas vivências, dignidade e inclusão social – disse Marlí Peçanha, secretária de Ação Comunitária.

O ponto de partida foi a antiga sede do Engenho Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, atual Centro de Visitantes, onde há uma exposição sobre a história e a atuação do Jardim Botânico, além de abrigar uma mostra do caule da primeira palmeira-imperial plantada no país, que simboliza o parque.

Jardim Botânico
Moradores do Morro São José Operário conhecem o Jardim Botânico com o projeto Turistando com a Comunidade – Prefeitura do Rio

Durante o percurso, o grupo contemplou o Lago Frei Leandro, conhecido como lago das vitórias-régias. Em frente, num pequeno morro conhecido como cômoro, se tem uma visão panorâmica do Jardim Botânico, com o Cristo Redentor ao fundo. Nesse local, está a Mesa do Imperador, onde D. Pedro I e D. Pedro II costumavam fazer refeições quando visitavam o local.

Outro ponto de atração foi o Chafariz das Musas, de autoria de Mestre Valentim, um dos ícones do parque, instalado em 1895. De origem inglesa, o chafariz em ferro fundido faz referência à mitologia grega.

– O Jardim Botânico é único, espetacular. Aqui a gente respira história e se deslumbra com a arquitetura e suas construções suntuosas. Esse projeto da prefeitura é essencial na vida das pessoas que vivem de forma apertada e não têm condições de conhecer o que a cidade oferece – disse Diego Pereira, de 38 anos, um dos beneficiários do projeto.

Passando pelo caramanchão, os participantes reviveram cenas de novelas ali gravadas, e chegaram à aleia das imponentes palmeiras-imperiais, cuja primeira muda de sua espécie foi plantada no Brasil pelo príncipe-regente Dom João, em 1809.

Após longa caminhada, passando por exemplares de pau-brasil e outras vegetações, uma pausa para visitar a Sumaúma, árvore de grande porte que recebia visitas frequentes do maestro Tom Jobim em seus passeios matinais, onde buscava inspiração para a sua obra. No local, há placa em sua homenagem.

Na Cascata Floresta Atlântica, cujas águas cristalinas descem da Floresta da Tijuca, e na Gruta de Karl Glasl, os visitantes fizeram muitos cliques para finalizar o passeio e levar belas recordações para casa.

– Tudo aqui é um aprendizado sobre a nossa flora, fauna e passado. Essa iniciativa é uma grande oportunidade para moradores de comunidade, que, na maioria das vezes, ou comem ou passeiam –  comentou a moradora Diana Menezes, de 31 anos.

Turistando com a Comunidade

Lançado em dezembro de 2021 pela Prefeitura do Rio, o projeto já beneficiou 5,2 mil moradores de 137 comunidades com baixos índices de desenvolvimento social.

O Jardim Botânico

Fundado em 1808, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro surgiu de uma decisão do então príncipe regente português D. João VI de instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo. Famoso pela exuberância e importância de suas coleções de plantas, bem como pela beleza de suas paisagens, guarda em seus monumentos, construções e obras de arte a sua história bicentenária.